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Museu Diocesano de Lamego

Morada: Casa do Poço, Largo da Sé
Código Postal: 5100-098 Lamego
O ARQUIVO – MUSEU DIOCESANO DE LAMEGO funciona na emblemática “Casa do Poço”, um solar que pertenceu ao Morgado do Poço, foram seus proprietários famílias da alta nobreza de Portugal, que se cruzaram por casamento com as principais casas nobres e foi da família “Carvalho” até ao final do século XIX.
O solar possui um brasão em granito, na sua fachada principal, voltada para a Sé, e outro a encimar o portão de ferro forjado que dá acesso ao pátio de entrada. Possui duas belas janelas trabalhadas voltadas para a Rua dos Loureiros, o seu balcão e os enquadramentos pertencem à sua traça primitiva, século XII, e os arcos e as colunas do século XVI.
O solar foi adquirido pela Diocese de lamego em 1920 para aí funcionar o seminário, até 1961, e a Residência do Bispo, até 1945. Em 2008, depois de profundas obras de restauro, foi inaugurado para servir de Museu Diocesano, onde tem decorrido várias exposições, sobretudo de arte religiosa .

No mesmo edifício funciona o arquivo diocesano. Os “Livros Findos” de assentos paroquiais (os mais antigos, do 2º quartel do século XVI), eram entregues pelos párocos no Seminário do Coura, construído em finais do século XVIII sobre os alicerces do antigo Colégio de S. Nicolau, por ação do bispo D. João António Píncio.
Acontecendo um grande incêndio no edifício na noite de 12 para 13 de Maio de 1834, conseguiram os responsáveis da diocese salvá-los, levando-os para uma dependência do Paço Episcopal que lhe ficava em frente.
Reconstruído o seminário em 1859 pelo bispo D. José de Moura Coutinho, os livros para aí terão regressado pouco tempo depois.
Quando a lei republicana de 18 de Fevereiro de 1911 tornou obrigatório o Registo Civil e retirou valor para efeitos civis aos assentos religiosos, determinou que os livros de assentos existentes nas Paróquias ou arquivados nas Câmaras Eclesiásticas fossem entregues nas conservatórias do Registo Civil então criadas, para seguirem mais tarde para o Arquivo Distrital de Viseu. Consta que, em obediência à referida lei, foram os livros da diocese levados em caixotes para o dito arquivo mas que, não havendo aí espaço suficiente, a maioria deles foi devolvida à sua origem.
Adquirida a Casa do Poço em 1920 para aí se instalar de novo o Seminário, o espólio foi levado pouco depois em cestos para uma sala do rés-do-chão do edifício, onde anteriormente funcionara a taverna de D. Emília, e aí ficaram amontoados e em péssimas condições de conservação.
Mudando-se D. Ernesto Sena de Oliveira para o Paço da Rua das Cortes, em finais de 1945, após o falecimento da sua última doadora, duas ou três pessoas o alertaram para a vergonhosa e imperdoável situação dos livros.
Na sequência de tais alertas, D. Ernesto mandou então colocá-los nos fundos do Paço e aí permaneceram e foram consultados por numerosos investigadores, até 2011, data em que foram deslocados para o Arquivo - Museu Diocesano, para serem devidamente organizados e digitalizados.

Este edifício tem ainda um auditório com capacidade para cerca de 70 lugares sentados e está disponível ao público.