Procurando reforçar a proximidade entre a comunidade e as artes performativas, foram agendados dois espectáculos (“Rios do Sono” e “Cheio”) que juntam em palco companhias profissionais e algumas dezenas de intérpretes locais com e sem experiência artística. Procura-se assim estimular a participação de diferentes sectores da população na vida cultural da cidade, proporcionar experiências performativas singulares (com um enquadramento técnico e artístico profissional), ajudando deste modo a formar espectadores conscientes e críticos do processo de criação e apresentação de espectáculos. Este é um projecto que terá continuidade em períodos subsequentes da programação, com iniciativas nas áreas da música, do teatro e da dança. 

O trimestre inicia, porém, com a nona edição do FAN – Festival de Ano Novo, um ciclo sobretudo à volta da música clássica, onde se destaca a participação da Companhia Nacional de Bailado, com “Orfeu e Eurídice” (uma ópera de Christoph W. Gluck coreografada por Olga Roriz). Especial relevo merece ainda o concerto que une em palco a Orquestra Filarmonia das Beiras e o quarteto de concertinas Danças Ocultas. Também no cartaz do FAN há lugar para a comunidade local, com actuações de alunos do Conservatório em palco e na abertura dos espectáculos. 

No âmbito da programação regular, destaca-se o concerto de Sérgio Godinho, a celebrar uma carreira de mais de quarenta anos que se confunde com a história portuguesa das últimas décadas. Linda Martini, The Legendary Tigerman e B Fachada são também convidados do Teatro de Vila Real neste trimestre. 

Na dança, além da CNB, foi agendada “Re.ligações”, uma proposta da Companhia de Dança de Almada que evoca profissões antigas para um público juvenil. 

O Serviço Educativo é, aliás, uma forte aposta da programação, com espectáculos, workshops em diferentes áreas artísticas e conversas com criativos. 

Paralelamente à programação dos auditórios — que conta ainda com cinema e peças de teatro de diferente índole (como “Estamos Todos?”, com José Pedro Gomes, e “O Avarento”, um clássico de Moliére pelo Ensemble) —, o trimestre inclui actuações de artistas emergentes e stand up comedy no Café-Concerto.

Importa ainda destacar em 2015 a criação do Cartão do Teatro, instrumento que visa distinguir os espectadores mais interessados e estimular o surgimento de novos públicos.

Consulte aqui a Agenda do Trimestre (janeiro | fevereiro | março).

Fonte: Teatro de Vila Real